1.9.06
Grécia 101 x 95 Estados Unidos: o dia da caça
AP Photo
A maior surpresa do Mundial não pode ser considerada zebra. Chamar assim a equipe grega depois do jogo desta sexta-feira (1º) é uma ofensa ao que foi demonstrado em quadra pelos comandados de Panagiotis Iannakis. É uma afronta à rapidez de Spanoulis, à eficiência de Schortsianitis, à liderança de Papaloukas. Um desrespeito com toda a seleção helênica, como desrespeito também seria citar apenas três ou quatro nomes sem fazer a ressalva: todos jogaram muito.
A Grécia mereceu vencer. Mereceu cada ponto conquistado — e foram 101, sua maior marca no torneio —, cada rebote capturado (36 no total, seis a mais que os norte-americanos), cada arremesso convertido — 27/38 de dois (71%) e 8/18 de três (44%). Superior em todos os aspectos, o time grego provou que sabe se adequar ao padrão adversário quando preciso.
Jamais em todo o Mundial os gregos haviam travado partida tão franca quanto hoje. Sempre faziam confrontos amarrados, por volta de 75 pontos, tímidos em criatividade, mas eficientes no resultado final. Hoje, não. Diante de um adversário que impôs o tom do jogo — aberto, com muitos pontos e ataque prevalecendo sobre a defesa —, souberam adaptar-se à perfeição.
A vitória não veio em um jogo trancado, em que os dois times mal passam dos 70 pontos. Os gregos venceram jogando à americana, mas sem perder suas características, por mais paradoxal que isso possa parecer. Arremessos precisos, contra-ataques bem pensados e valorização da posse de bola. Fundamentos básicos do basquete moderno, em que os helênicos souberam se inspirar para alcançar o mais importante triunfo de sua história.
Aos norte-americanos, resta lamentar o terceiro fracasso consecutivo em uma competição internacional. Na melhor de suas seleções desde a que foi campeã em Sidney, os ianques foram envolvidos pelo adversário. A Grécia jogou melhor e venceu. Aos Estados Unidos resta o consolo de que o trabalho é trienal, visando às Olimpíadas de Pequim.
É bom que se preparem ainda melhor. E que anotem, em um lugar onde não se esquecerão de olhar sempre: “a Grécia pode nos vencer”.
A maior surpresa do Mundial não pode ser considerada zebra. Chamar assim a equipe grega depois do jogo desta sexta-feira (1º) é uma ofensa ao que foi demonstrado em quadra pelos comandados de Panagiotis Iannakis. É uma afronta à rapidez de Spanoulis, à eficiência de Schortsianitis, à liderança de Papaloukas. Um desrespeito com toda a seleção helênica, como desrespeito também seria citar apenas três ou quatro nomes sem fazer a ressalva: todos jogaram muito.
A Grécia mereceu vencer. Mereceu cada ponto conquistado — e foram 101, sua maior marca no torneio —, cada rebote capturado (36 no total, seis a mais que os norte-americanos), cada arremesso convertido — 27/38 de dois (71%) e 8/18 de três (44%). Superior em todos os aspectos, o time grego provou que sabe se adequar ao padrão adversário quando preciso.
Jamais em todo o Mundial os gregos haviam travado partida tão franca quanto hoje. Sempre faziam confrontos amarrados, por volta de 75 pontos, tímidos em criatividade, mas eficientes no resultado final. Hoje, não. Diante de um adversário que impôs o tom do jogo — aberto, com muitos pontos e ataque prevalecendo sobre a defesa —, souberam adaptar-se à perfeição.
A vitória não veio em um jogo trancado, em que os dois times mal passam dos 70 pontos. Os gregos venceram jogando à americana, mas sem perder suas características, por mais paradoxal que isso possa parecer. Arremessos precisos, contra-ataques bem pensados e valorização da posse de bola. Fundamentos básicos do basquete moderno, em que os helênicos souberam se inspirar para alcançar o mais importante triunfo de sua história.
Aos norte-americanos, resta lamentar o terceiro fracasso consecutivo em uma competição internacional. Na melhor de suas seleções desde a que foi campeã em Sidney, os ianques foram envolvidos pelo adversário. A Grécia jogou melhor e venceu. Aos Estados Unidos resta o consolo de que o trabalho é trienal, visando às Olimpíadas de Pequim.
É bom que se preparem ainda melhor. E que anotem, em um lugar onde não se esquecerão de olhar sempre: “a Grécia pode nos vencer”.
Comentarios:
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Discordo plenamente, a grécia é um time péssimo e os EUA não ganhou por excesso de rotações e ausencia de pivos experientes, além da infelicidade de Hinrich nas bolas de tres. O time é mais consistente, mais inteligente e joga muito melhor em todos os quesitos que o time grego. Infelizmente saiu o time que joga bonito e ficou o que joga feio, acontece, assim como em qualquer esporte. Adeus US, parabéns, realmente mostraram quem manda no basquete de novo!
Davi,
attribuir a derrota ao "azar" nos arremessos de três é muito simplista.
O time da Grécia foi melhor em todos os quesitos (basta olha as estatísticas) e anulou completamente as ações dos Estados Unidos.
Quem manda no basquete nós veremos só na final, no domingo.
Abraço, até
attribuir a derrota ao "azar" nos arremessos de três é muito simplista.
O time da Grécia foi melhor em todos os quesitos (basta olha as estatísticas) e anulou completamente as ações dos Estados Unidos.
Quem manda no basquete nós veremos só na final, no domingo.
Abraço, até
Qualquer um sabe que muito simplista é basear os quesitos de quem manda em um jogo de basquete.
Eu não baseei somente nisso, citei outras 2 coisas.
Quem manda no basquete nao me interessa muito, basquete e NBA são dois esportes diferentes, os Estados Unidos quebram um galho participando disso para chamar a atenção do mundo...
Vamos com calma!
Até!
Eu não baseei somente nisso, citei outras 2 coisas.
Quem manda no basquete nao me interessa muito, basquete e NBA são dois esportes diferentes, os Estados Unidos quebram um galho participando disso para chamar a atenção do mundo...
Vamos com calma!
Até!
Se um time vence o outro nos rebotes, no placar e no aproveitamento de arremessos, não vejo como pode ser "muito pior".
Falar que NBA e basquete são duas coisas diferentes fazia sentido há dez anos.
Hoje o MVP da NBA é canadense, o astro do campeão de uma das conferências é alemão e pelo menos cinco equipes do Mundial têm times que podem ser montados só com jogadores da NBA.
Falar que NBA e basquete são duas coisas diferentes fazia sentido há dez anos.
Hoje o MVP da NBA é canadense, o astro do campeão de uma das conferências é alemão e pelo menos cinco equipes do Mundial têm times que podem ser montados só com jogadores da NBA.
Eu to falando com relação as regras, o rigor da aplicacao das faltas, o manuseio da bola, as estratégias, a influencia da torcida, do patrocinio, da liberdade de movimentos e de ações, não da nacionalidade. Isso tem 2 esportes: basquete e NBA.
Isso, de fato, mudou na NBA! Concordo plenamente.
Mas acho que é bom ficar atento que os EUA só participam desses eventos para multiplicar a influencia e o poder da NBA mundo a fora..., para dizer: Parabens Grecia, Espanha, Nigeria, vcs sao campeas do mundo, agora vamos voltar para a vida real e aonde tudo acontece, aqui na NBA, venha assinar um contrato e jogue pelo nosso time. Seja MVP, etc..., mas tudo dentro do nosso território.
E ainda acho que foi um acaso a vitória da Grécia..., com um técnico mais inteligente, menos rotativo e em um dia mais inspirado em bolas de 3, isso nao teria ocorrido. E nao é simplista explicar pelas bolas de 3, afinal é uma caracteristica da equipe( veja estatisticas ).
Isso, de fato, mudou na NBA! Concordo plenamente.
Mas acho que é bom ficar atento que os EUA só participam desses eventos para multiplicar a influencia e o poder da NBA mundo a fora..., para dizer: Parabens Grecia, Espanha, Nigeria, vcs sao campeas do mundo, agora vamos voltar para a vida real e aonde tudo acontece, aqui na NBA, venha assinar um contrato e jogue pelo nosso time. Seja MVP, etc..., mas tudo dentro do nosso território.
E ainda acho que foi um acaso a vitória da Grécia..., com um técnico mais inteligente, menos rotativo e em um dia mais inspirado em bolas de 3, isso nao teria ocorrido. E nao é simplista explicar pelas bolas de 3, afinal é uma caracteristica da equipe( veja estatisticas ).
A Grecia humilhou o USA team. Fala sério Davi, o time americano nao tinha resposta na defesa e no ataque para os Gregos, continuam sem saber jogar em um garrafao minusculo e uma defesa zona que transforma qualquer time médio em bom defensor. Basquete internacional é 75% bola de fora e 25% garrafao. Jogador americano só quer saber de tomar bomba, ser atlético, esquece que os magrelos gregos acertam de todos os lugares e tem jogadas trabalhadas que facilitam o chute de fora. Teve uma jogada com o pivo reserva grego que ficou chato de tanto que repetiram.
Mas anyway, eu sou norte-americano e uma coisa que sempre fazemos e defender nosso país.
Eu paro por aqui. Acho que a situacao do basquete explica-se mais por questoes sociais do que estatisticas..., mas enfim, minha opinião!
Agradeço pelo blog, foi possível acompanhar meus dois países graças a ele.
Um abraço e até!
Quem quiser trocar uma idéia no msn: DaviAlexander@hotmail.com
Eu paro por aqui. Acho que a situacao do basquete explica-se mais por questoes sociais do que estatisticas..., mas enfim, minha opinião!
Agradeço pelo blog, foi possível acompanhar meus dois países graças a ele.
Um abraço e até!
Quem quiser trocar uma idéia no msn: DaviAlexander@hotmail.com
Eu não vi o jogo, mas vamos fazer uma especulaçãozinha aqui: se essas semi-finais fossem decididas numa melhor de 5, acham que a grécia ainda ganharia?
Entrar em disputa com o time americano exige, desde sempre, uma excelência de jogo muito cara.
Alguns times conseguem pagar esse preço.No entanto, poucos conseguem manter "os tributos em dia" até o último quarto. Na reta final, os americanos acabam mostrando o que os diferencia das demais seleç~es do mundo.
Para compensar o meu esforço de acordar às 4 e 30 da madruga, vi um time que conseguiu bancar um jogo com uma mistura de determinação e serenidade.
Não sou irmão de Alberto, muito menos de Pedro, mas o que vi hoje foi um time de estrelas cadentes (que brilham muito durante pouco tempo) superar um time de astros (que sempre brilham). Fico feliz em saber que os cometas, por mais passageiros que sejam, nunca saem da nossa memória !
Parabéns à Grécia !
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Alguns times conseguem pagar esse preço.No entanto, poucos conseguem manter "os tributos em dia" até o último quarto. Na reta final, os americanos acabam mostrando o que os diferencia das demais seleç~es do mundo.
Para compensar o meu esforço de acordar às 4 e 30 da madruga, vi um time que conseguiu bancar um jogo com uma mistura de determinação e serenidade.
Não sou irmão de Alberto, muito menos de Pedro, mas o que vi hoje foi um time de estrelas cadentes (que brilham muito durante pouco tempo) superar um time de astros (que sempre brilham). Fico feliz em saber que os cometas, por mais passageiros que sejam, nunca saem da nossa memória !
Parabéns à Grécia !
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