23.8.06
Resumo do dia, 23/8
AP Photo
O quinto dia do Mundial confirmou a invencibilidade das quatro favoritas — EUA, Espanha, Argentina e Grécia — que seguem sem derrotas na competição. Foi dia também dos turcos quase perderem para o Catar, do Japão levar uma virada em cima da hora contra a Nova Zelândia e de Yao Ming dar show contra o Senegal.
Falando em show, não tem outro nome para dar à atuação de Andrés Nocioni contra a Nigéria. O argentino do Chicago Bulls foi perfeito em seus arremessos e jogou um balde de água fria em quem ainda tenta secar a atual campeã olímpica.
Outro destaque — para mim a cena do Mundial até agora — foi a vitória do Líbano sobre a França. Os jogadores, que se declararam felizes por terem o direito de participar do torneio, fizeram mais do que isso: venceram pela segunda vez e já disputam uma vaga às oitavas-de-final. Vamos ao resuminho básico de cada dia:
Nigéria 64 x 98 Argentina
Ontem eu falei não esperava um massacre, mas algo em torno de 20 pontos em favor dos argentinos. Só não dava para prever a partida perfeita de Andrés Nocioni. O ala do Chicago Bulls arremessou nove bolas e simplesmente acertou todas! Detalhe: cinco delas de três. Com tamanha inspiração e 23 pontos em 18 minutos, não deu para os nigerianos evitarem a lavada.
Espanha 93 x 83 Angola
Os angolanos continuam surpreendendo. Diante dos ótimos espanhóis, não abaixaram a cabeça e enfrentaram o adversário de igual para igual. O esforço não rendeu a vitória aos africanos, mas deu-lhes uma derrota digna, por apenas dez pontos de diferença, e que impressiona — afinal, a Alemanha apanhou de 21. O melhor em quadra foi Pau Gasol, com 28 pontos, cinco rebotes e quatro assistências. Do lado angolano, double-double para Joaquim Gomes (24 pontos e 11 rebotes).
Austrália 57 x 78 Lituânia
Confesso que pensei em jogo equilibrado, talvez com prorrogação. Mas a Lituânia neutralizou a equipe da Austrália a partir do terceiro quarto e não teve dificuldades para vencer. O time europeu atacou justamente as bases da adversária: CJ Bruton e Andrew Bogut. O armador fechou a partida com apenas oito pontos e foi excluído com cinco faltas; o pivô levou um baile (no setor defensivo, sobretudo) de Robertas Javtokas — 16 pontos e 12 rebotes. Destaque também para Arvydas Macijauskas, 20 pontos e sete assistências.
Senegal 83 x 100 China
O jogo estava disputado até o início do último período, quando os chineses dispararam (venceram por 29 a 15) e garantiram a vitória. Em sua melhor exibição no torneio, os chineses destacaram pela boa pontuação dos coadjuvantes — Wang Zhizhi (19), Wang Shipeng (17), Liu Wei (16) e Du Feng (12). Mas o cestinha, como de hábito, foi o pivô Yao Ming, que somou 26 pontos e nove rebotes. Há que se ressaltar o aproveitamento do gigante de 2,26m: 8/12 arremessos de quadra e 10/12 lances livres.
Venezuela 65 x 95 Sérvia e Montenegro
Os atuais campeões do mundo passearam de novo. Depois de um início ruim, o time — renovado e ainda em formação — começa a tomar jeito. Quanto à Venezuela, só tenho de lamentar a queda de mais uma escola sul-americana. Na Sérvia, os melhores foram Igor Rakocevic (26 pontos, com 5/5 de três) e o criticado Darko Milicic, que virou piada na NBA quando jogava no Detroit, com 18 pontos e 11 rebotes.
Panamá 63 x 81 AlemanhaÉ impressionante como os alemães continuam mostrando inconstância durante as partidas. Hoje não foi diferente: no fim do primeiro tempo o placar apontava 38 a 37 para os panamenhos. Na segunda metade do jogo os europeus conseguiram se impor. Mas atuações como esta preocupam. Dirk Nowitzki foi novamente o cestinha, com 25 pontos e capturou 13 rebotes. Só o aproveitamento nas bolas de três ficou abaixo da crítica: 2/8, apenas 25%.
Catar 69 x 76 Turquia
A Turquia parece mesmo viciada em grandes emoções. Na partida de hoje, diante do Catar, o time caminhava rumo a uma vitória tranqüila. Até “apagar” no início do último e permitir a aproximação dos asiáticos. Com o time reserva, soube lidar com a chegada do adversário e controlou o jogo no fim. Em jogo fraco tecnicamente, os destaques individuais foram do Catar: Ali Saeed (com 20 pontos e sete rebotes) e Omer Salem (11 pontos e 13 rebotes).
Porto Rico 82 x 90 Eslovênia
Um jogo equilibrado, como previsto. O ponto de desequilíbrio foi o bom início dos eslovenos, que permitiu a eles administrarem a vantagem durante a partida. Quando os porto-riquenhos encostavam, logo os europeus respondiam, o que anulou qualquer chance de reação. Do lado centro-americano os melhores foram os de sempre: Carlos Arroyo (21 pontos, quatro assistências e quatro rebotes) e Elia Ayuso (20 pontos). O esloveno Jaka Lakovic fez 24 pontos e foi o cestinha da partida.
Nova Zelândia 60 x 57 Japão
Nível técnico pavoroso no pior confronto do dia. Depois de ficar atrás durante a maior parte do jogo — a vantagem japonesa chegou a ser de 18 pontos — a Nova Zelândia venceu por três, fruto de uma cesta de Kirk Penney. Para exemplificar o nível técnico da partida, basta dizer que o roliço Pero Cameron (ok, ele foi bem em 2002, mas até aí...) foi o cestinha, com 23 pontos, e pegou oito rebotes.
Líbano 74 x 73 França
Ao falar deste jogo ontem — prevendo vitória francesa, claro — disse que o placar não importaria, que o Líbano era vencedor só por disputar o Mundial. Errei. Eles são vencedores dentro da quadra, também. Diante do time francês, que cada vez joga pior e convence menos, aproveitaram a chance de chegar ao segundo triunfo no torneio. Os franceses tiveram a chance de levar a partida para a prorrogação com um lance livre desperdiçado por Boris Diaw a 3s do fim; depois, no estouro do cronômetro, Laurent Floirest errou um arremesso de média distância. Destaque para Fadi El Khatib, cestinha libanês, que marcou 29 pontos.
Estados Unidos 95 x 84 Itália
Os norte-americanos tiveram seu primeiro teste difícil na competição e precisaram de Carmelo Anthony inspirado para conseguir a vitória. O ala do Denver Nuggets marcou 35 pontos (13/18 em arremessos de quadra) e garantiu o quarto triunfo da equipe, que perdia o jogo por 45 a 36 no intervalo. Destaque também para Dwyane Wade, com 26 pontos em 23 minutos de quadra.
Acertei 9/12 resultados. A invencibilidade de dois dias caiu graças às derrotas de Porto Rico, Eslovênia e Japão. Para amanhã, prometo caprichar mais na pontaria.
O quinto dia do Mundial confirmou a invencibilidade das quatro favoritas — EUA, Espanha, Argentina e Grécia — que seguem sem derrotas na competição. Foi dia também dos turcos quase perderem para o Catar, do Japão levar uma virada em cima da hora contra a Nova Zelândia e de Yao Ming dar show contra o Senegal.
Falando em show, não tem outro nome para dar à atuação de Andrés Nocioni contra a Nigéria. O argentino do Chicago Bulls foi perfeito em seus arremessos e jogou um balde de água fria em quem ainda tenta secar a atual campeã olímpica.
Outro destaque — para mim a cena do Mundial até agora — foi a vitória do Líbano sobre a França. Os jogadores, que se declararam felizes por terem o direito de participar do torneio, fizeram mais do que isso: venceram pela segunda vez e já disputam uma vaga às oitavas-de-final. Vamos ao resuminho básico de cada dia:
Nigéria 64 x 98 Argentina
Ontem eu falei não esperava um massacre, mas algo em torno de 20 pontos em favor dos argentinos. Só não dava para prever a partida perfeita de Andrés Nocioni. O ala do Chicago Bulls arremessou nove bolas e simplesmente acertou todas! Detalhe: cinco delas de três. Com tamanha inspiração e 23 pontos em 18 minutos, não deu para os nigerianos evitarem a lavada.
Espanha 93 x 83 Angola
Os angolanos continuam surpreendendo. Diante dos ótimos espanhóis, não abaixaram a cabeça e enfrentaram o adversário de igual para igual. O esforço não rendeu a vitória aos africanos, mas deu-lhes uma derrota digna, por apenas dez pontos de diferença, e que impressiona — afinal, a Alemanha apanhou de 21. O melhor em quadra foi Pau Gasol, com 28 pontos, cinco rebotes e quatro assistências. Do lado angolano, double-double para Joaquim Gomes (24 pontos e 11 rebotes).
Austrália 57 x 78 Lituânia
Confesso que pensei em jogo equilibrado, talvez com prorrogação. Mas a Lituânia neutralizou a equipe da Austrália a partir do terceiro quarto e não teve dificuldades para vencer. O time europeu atacou justamente as bases da adversária: CJ Bruton e Andrew Bogut. O armador fechou a partida com apenas oito pontos e foi excluído com cinco faltas; o pivô levou um baile (no setor defensivo, sobretudo) de Robertas Javtokas — 16 pontos e 12 rebotes. Destaque também para Arvydas Macijauskas, 20 pontos e sete assistências.
Senegal 83 x 100 China
O jogo estava disputado até o início do último período, quando os chineses dispararam (venceram por 29 a 15) e garantiram a vitória. Em sua melhor exibição no torneio, os chineses destacaram pela boa pontuação dos coadjuvantes — Wang Zhizhi (19), Wang Shipeng (17), Liu Wei (16) e Du Feng (12). Mas o cestinha, como de hábito, foi o pivô Yao Ming, que somou 26 pontos e nove rebotes. Há que se ressaltar o aproveitamento do gigante de 2,26m: 8/12 arremessos de quadra e 10/12 lances livres.
Venezuela 65 x 95 Sérvia e Montenegro
Os atuais campeões do mundo passearam de novo. Depois de um início ruim, o time — renovado e ainda em formação — começa a tomar jeito. Quanto à Venezuela, só tenho de lamentar a queda de mais uma escola sul-americana. Na Sérvia, os melhores foram Igor Rakocevic (26 pontos, com 5/5 de três) e o criticado Darko Milicic, que virou piada na NBA quando jogava no Detroit, com 18 pontos e 11 rebotes.
Panamá 63 x 81 AlemanhaÉ impressionante como os alemães continuam mostrando inconstância durante as partidas. Hoje não foi diferente: no fim do primeiro tempo o placar apontava 38 a 37 para os panamenhos. Na segunda metade do jogo os europeus conseguiram se impor. Mas atuações como esta preocupam. Dirk Nowitzki foi novamente o cestinha, com 25 pontos e capturou 13 rebotes. Só o aproveitamento nas bolas de três ficou abaixo da crítica: 2/8, apenas 25%.
Catar 69 x 76 Turquia
A Turquia parece mesmo viciada em grandes emoções. Na partida de hoje, diante do Catar, o time caminhava rumo a uma vitória tranqüila. Até “apagar” no início do último e permitir a aproximação dos asiáticos. Com o time reserva, soube lidar com a chegada do adversário e controlou o jogo no fim. Em jogo fraco tecnicamente, os destaques individuais foram do Catar: Ali Saeed (com 20 pontos e sete rebotes) e Omer Salem (11 pontos e 13 rebotes).
Porto Rico 82 x 90 Eslovênia
Um jogo equilibrado, como previsto. O ponto de desequilíbrio foi o bom início dos eslovenos, que permitiu a eles administrarem a vantagem durante a partida. Quando os porto-riquenhos encostavam, logo os europeus respondiam, o que anulou qualquer chance de reação. Do lado centro-americano os melhores foram os de sempre: Carlos Arroyo (21 pontos, quatro assistências e quatro rebotes) e Elia Ayuso (20 pontos). O esloveno Jaka Lakovic fez 24 pontos e foi o cestinha da partida.
Nova Zelândia 60 x 57 Japão
Nível técnico pavoroso no pior confronto do dia. Depois de ficar atrás durante a maior parte do jogo — a vantagem japonesa chegou a ser de 18 pontos — a Nova Zelândia venceu por três, fruto de uma cesta de Kirk Penney. Para exemplificar o nível técnico da partida, basta dizer que o roliço Pero Cameron (ok, ele foi bem em 2002, mas até aí...) foi o cestinha, com 23 pontos, e pegou oito rebotes.
Líbano 74 x 73 França
Ao falar deste jogo ontem — prevendo vitória francesa, claro — disse que o placar não importaria, que o Líbano era vencedor só por disputar o Mundial. Errei. Eles são vencedores dentro da quadra, também. Diante do time francês, que cada vez joga pior e convence menos, aproveitaram a chance de chegar ao segundo triunfo no torneio. Os franceses tiveram a chance de levar a partida para a prorrogação com um lance livre desperdiçado por Boris Diaw a 3s do fim; depois, no estouro do cronômetro, Laurent Floirest errou um arremesso de média distância. Destaque para Fadi El Khatib, cestinha libanês, que marcou 29 pontos.
Estados Unidos 95 x 84 Itália
Os norte-americanos tiveram seu primeiro teste difícil na competição e precisaram de Carmelo Anthony inspirado para conseguir a vitória. O ala do Denver Nuggets marcou 35 pontos (13/18 em arremessos de quadra) e garantiu o quarto triunfo da equipe, que perdia o jogo por 45 a 36 no intervalo. Destaque também para Dwyane Wade, com 26 pontos em 23 minutos de quadra.
Acertei 9/12 resultados. A invencibilidade de dois dias caiu graças às derrotas de Porto Rico, Eslovênia e Japão. Para amanhã, prometo caprichar mais na pontaria.
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Thiago, Porto Rico e Eslovênia não podem ter perdido os dois, já que jogaram um contra o outro. hehehe. Abraço.
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