31.8.06

 

Espanha x Argentina: o mais imprevisível dos duelos

AP Photo
O jogo:

Esqueçamos o jogo plástico e envolvente dos americanos. Excetuemos o basquete moderno e coeso dos gregos. Afora as duas representantes máximas de ataque e defesa, respectivamente, restam duas seleções que elevaram o nível do Mundial. Sem a competência ofensiva dos americanos ou o poderio defensivo dos helênicos, Argentina e Espanha fazem o jogo imprevisível e esperado do Mundial até agora.

As duas seleções representam o que de melhor os países já tiveram no basquete. Duas gerações históricas. A diferença é que, para os argentinos, os resultados já apareceram: a equipe foi vice-campeã mundial em 2002 e campeã olímpica há dois anos. Os espanhóis chegaram ao Japão com a fama de fazerem ótimas campanhas mas, na hora das decisões, caírem pelo caminho.

As duas seleções evoluíram ao longo da competição e passaram sem dificuldades pelas quartas-de-final, com vitórias convincentes sobre adversários reconhecidamente fortes. Ambas chegam à semi com força e têm condições de ser campeãs.

Tem favorito?

Não. “Ah, mas a Argentina...”, diria algum entusiasta de Ginóbili. “A Espanha está muito bem”, defenderia um fã de Pau Gasol. Mas o jogo não tem favorito. Embora eu aposte nos espanhóis.

A receita para a Espanha:

A maior deficiência dos espanhóis em comparação com os rivais é na posição 3. Andrés Nocioni tem jogado muito e tornou-se uma alternativa dos argentinos quando Ginóbili está bem marcado. Tão importante quando anular o armador do San Antonio Spurs será marcar com efetividade o ala do Chicago Bulls.

Outra medida interessante (e imprescindível a meu ver) será marcar Pepe Sanchez sob pressão. Quanto menos tempo o armador tiver para pensar as jogadas ofensivas, melhor para os ibéricos.

A receita para a Argentina:

O caminho rumo à vitória passa por uma boa marcação do garrafão espanhol. Com Garbajosa em ótima fase e Pau Gasol no auge de sua forma, Luis Scola e Fabrício Oberto terão trabalho redobrado. Caso consiga anular a dupla, a Argentina dará um passo importante para a final.

Além do cuidado com os dois pivôs, é preciso ter atenção especial com os contra-ataques, puxados por Calderón e Navarro. Os dois armadores têm transformado a transição espanhola em arma fatal — foi assim que abriram vantagem contra Sérvia e Montenegro e Lituânia.

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