29.8.06

 

Argentina 83 x 58 Turquia: alguém ainda duvida?

AP Photo
Se alguém ainda tinha alguma dúvida sobre a qualidade da seleção da Argentina, não tem mais. Depois de passar sem brilho pela Nova Zelândia nas oitavas-de-final, a campeã olímpica fez justiça a seu favoritismo diante da Turquia. Tal qual a Espanha, horas antes, a equipe matou o jogo no começo. Não deu chance para uma eventual zebra.

Antes mesmo de a bola subir, a impressão é que as duas seleções entravam em quadra com pensamentos e momentos diametralmente opostos. Para a Argentina, o Mundial começaria de fato hoje, dia em que precisariam jogar a pleno vapor; os turcos viam a partida das quartas-de-final como um prêmio por sua ótima e surpreendente campanha. Para os sul-americanos, a vitória era obrigação; para os euro-asiáticos, sonho.

Desde os primeiros minutos ficou clara a superioridade de nossos vizinhos, que abriram 7 a 0. Os turcos demoraram três minutos para marcarem seus primeiros pontos, com o competente Cenk Akyol, 19 anos, uma das apostas da seleção para fazer boa campanha quando sediar o Mundial, em 2010.

O primeiro quarto terminou com vantagem de nove pontos para os argentinos — 25 a 16. Destaque para o armador Pepe Sanchez, um exemplo clássico de jogador na posição 1, que se preocupa muito mais em montar a equipe em quadra do que em anabolizar suas estatísticas para consumo externo.

Os turcos, que começaram a partida com disposição para diminuir a diferença de pontos — chegaram a liderar o jogo por 5s ainda no primeiro quarto —, desanimaram quando começou o segundo período. A defesa argentina inibia os arremessos de média e longa distância. Quando saíam, raramente eles encontravam a cesta adversária (o aproveitamento de três pontos foi de 32%; de dois pontos, 40%).

O primeiro tempo virou com 43 a 23 para os sul-americanos. Só um acidente de percurso no terceiro quarto recolocaria a seleção da Turquia e volta no jogo. Não houve acidente algum. Revezando todos os seus jogadores, a Argentina abriu ainda mais e chegou ao período final com 35 pontos de vantagem.

Sem esperanças, os turcos esperavam o fim da agonia. Os argentinos apenas administravam a vantagem, que caiu dez pontos nos minutos finais, pensando na partida contra a Espanha, nas semifinais. Quando, certamente, não terão a mesma facilidade.

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